domingo, 28 de junho de 2009

Reflexão sobre as eleições autárquicas

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A cerca de 3 meses das eleições autárquicas, o concelho de Viana do Alentejo é hoje um concelho bastante mais plural que há 4 anos, finalmente começa a aparecer espaço para a oposição e para a formação de opinião crítica. O respeito que a força dominante no concelho tem demonstrado por esta onda crescente de pessoas que expressam a sua opinião é prova disso mesmo.
Aqui e ali os dados foram lançados, nasceu um Movimento ligado ao PS, temos aí o Bloco de Esquerda com vontade de disputar votos com os demais e o PSD que embora debilitado pela saída do Costa da Silva pode dar cartas e servir no melhor dos casos para causar boa impressão, sem no entanto impressionar.
A máquina da CDU que começou a trabalhar á cerca de 3 meses começa a mostrar resultados, com o apoio que toda uma estrutura montada e em funcionamento á dezasseis anos, reuniram esforços e vontades para em volta de um partido esquecerem rivalidades pessoais. Porque o poder não se compatibiliza com querelas particulares. O aquecimento eleitoral está feito, os votos estão contados e agora há que conquistar os que podem trazer a maioria.
Desta forma a CDU de Viana está em vantagem assumida. É um partido politico com listas altamente politizadas que se disseminam pela população adentro. A estrutura readquiriu o conceito de colmeia agora que a rainha tomou novamente a posição de domínio na estrutura e passou a falar a uma só voz.
O Movimento Unidos pelo Concelho de Viana do Alentejo tem um conceito bastante diferente, nasceu da vontade de conquistar um maior espectro de eleitores, desde da CDU, ao PS e ao PSD, tem uma forte expressão Independente e o apoio do Partido Socialista. Logicamente que este conceito é bastante mais penalizador para uma estrutura política, seria sempre de esperar algumas lutas pela posse de pequenos poderes adquiridos á custa da militância politica. É realmente mais difícil constituir uma unidade numa estrutura deste tipo. A diferença de ideais políticos, atitudes e formas de pensar livres na sua maioria penaliza a unidade, mas tem reforçado a pluralidade. Destituído na sua génese de conotações políticas, apresenta um candidato plural altamente popular e com capacidade de gerar consenso, de atitude humilde e frontalidade, emprestou a este movimento o equilíbrio que faltava.
Com as fundações finalmente ancoradas o Movimento Unidos pelo Concelho de Viana do Alentejo vai disputar eleições com base num modelo realmente inovador aqui no concelho, os grupos de trabalho foram altamente participados e produziram a semente do que será o manifesto e a bandeira dos que querem a mudança no concelho de Viana.
Brevemente serão apresentadas as listas de Juntas, Assembleia Municipal e Candidatos ao Município e dar-se-á inicio á recta final desta corrida.
O PSD tem sido uma sombra do que foi, sem liderança e sem voz que se faça ouvir corre o risco e sofrer uma diminuição de votação bastante drástica. Apesar de ainda se esperar pelo Costa da Silva para dar uma ajuda na junta de freguesia das Alcáçovas, penso que desta vez os resultados vão ser muito diferentes de outras ocasiões. Aqui resta saber a quem pertence este eleitorado (o eleitorado que votou no Costa da Silva nas ultimas eleições).
O Bloco de Esquerda vem ai, dia 3 de Julho vão dar-se a ouvir na Junta de Freguesia de Aguiar, com 181 votos conquistados nas últimas eleições autárquicas aqui no concelho são uma força política a ter em conta. Sempre pensei que seria cedo para a apresentação do bloco aqui no concelho, no entanto o que tenho ouvido por ai leva-me a crer que possivelmente aparecerão com uma candidatura ao município. O que poderá baralhar bastante as contas por aqui, isto se o candidato escolhido reunir consensos, pois esta é uma eleição bastante diferente das eleições europeias. A ver vamos.
Se há mais partidos ou movimentos, não tenho conhecimento e por isso não vou expressar uma opinião sobre os restantes partidos políticos.
Na minha opinião as forças políticas que melhor se apresentam para disputar estas eleições são a CDU e o Movimento Unidos pelo Concelho de Viana com o PS a apoiar.
A união dos militantes e simpatizantes Comunistas foi novamente comprovada, apesar de tudo a união quase militar mantém-se e dá provas de organização, fica uma pergunta, quererão os Aguiarenses, os Vianenses e os Alcaçovenses mais do mesmo?
O Movimento Unidos pelo concelho de Viana do Alentejo que ainda não se encontra tão organizado como o seu principal rival, vai apresentar as suas listas para muito breve e vai concerteza fazer renascer a dinâmica na política concelhia com novas caras que querem e podem fazer a diferença, porque este projecto não tem dono, foi feito por todos e é para todos.

Retirado do Blogue http://peixe-banana.blogspot.com/ 28/06/2009

Uma perspectiva....


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ser Autarca

Muitos autarcas, experientes e inteligentes, sofrem de uma “doença” atípica que tem como principais sintomas a excessiva dependência político/partidária e a incapacidade para inovar, criar, fazer diferente.

Esta “doença” tem efeitos múltiplos: sobre os próprios autarcas e sobre as populações das suas autarquias.

Quanto aos próprios os principais sintomas são o culto da personalidade, a presença mediática criada ou aproveitada, a auto valorização do próprio trabalho, a prática do clientelismo, nepotismo e outros favorecimentos.

O voto em cada acto eleitoral tem que ser angariado através das práticas costumeiras, atrás apenas enunciadas, pois só o voto controla a “doença”.
Cada eleição ganha é um adiamento do fim, inevitável.

A incapacidade para inovar, para correr riscos, é a espada sempre pendente sobre o futuro de muitos autarcas que sobrevivem através de práticas dilatórias e sem futuro porque não conseguem gerar desenvolvimento sustentado.

O autarca “doente” não consegue inovar, mudar os rumos negativos da sua autarquia, por constrangimentos intransponíveis: criados pelo partido ou consequência da sua própria incapacidade.

Aprender as regras administrativas, legais, para gerir uma autarquia é apenas questão de experiência, de estudo e de algum tempo. Nada de transcendente.
È necessário, mas não distingue.

Criar e inovar é bem mais complicado. Mais ainda porque este tipo de incapacidade pode não ser apenas devida às qualidades do autarca.
A causa pode resultar, em certos casos, de constrangimentos impostos pelos partidos.

De uma forma ou de outra quem sofre são os residentes da autarquia, sobretudo em termos de desenvolvimento global. O futuro é alienado, as populações envelhecem, os jovens emigram e as autarquias irão desaparecendo.

A gestão deste tipo de autarca é apenas orientada para a própria sobrevivência política, pessoal e partidária.

Se o autarca não for ou não puder inovar (dar uma vida nova), mudar a gestão da sua autarquia, estará a alienar o futuro desta.

O tempo não perdoa para os que vierem a seguir, mas parece estar parado para os que estão aqui neste momento.

O autarca que visa essencialmente assegurar a sua permanência, mandato a mandato, não arrisca. Mas o risco para ele não é o mesmo para a comunidade, para a autarquia.

Nas próximas eleições autárquicas vamos votar.

Mas votar em quê ou em quem?

Vamos votar para tentar parar o tempo, deixando tudo com está ou vamos votar para mudar, para começar um novo tempo, para criar um futuro vivo, com desenvolvimento, com esperança?

Vamos arriscar, com inovação, criação, luta, ou vamos apenas esperar o dia do fim?

AC (André Correia)

publicado por alcacovas às 15:40, dia 11/06/2009

Retirado do Blogue “Alcáçovas”

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Resultados eleitorais - Europeias






Como todos sabemos, muito já foi dito nestes dias sobre os resultados das eleições para o Parlamento Europeu. Muitas análises eleitorais já foram elaboradas, umas mais objectivas outras nem tanto. Já vi alguns textos em que derrotas são transformadas em vitórias morais, bem como outros em que meias vitórias (ou meias derrotas) são transformadas em vitórias até à eternidade…
Não pretendo de modo nenhum, agora aqui, fazer análises eleitorais, nem tão pouco estabelecer comparações entre as várias eleições deste ano. Os resultados foram claros e em meu entender mostram o descontentamento dos portugueses face ao executivo governamental actual. Espero que estes resultados sirvam de exemplo a quem tem o poder de decisão, para que sejam introduzidas alterações que de alguma forma tragam aspectos positivos e melhoria de qualidade de vida para todos nós.

Como todos já devem conhecer os resultados no nosso concelho, optei por colocar um quadro com os resultados eleitorais do nosso distrito. A perspectiva é mais abrangente e assim um pouco mais difícil de rebuscar as tais “conclusões lógicas” (em minha opinião, claro)…

Apesar dos resultados eleitorais nestas eleições europeias serem desfavoráveis ao partido que apoia esta candidatura, consideramos que o nosso projecto – ganhar as eleições autárquicas no concelho de Viana do Alentejo - não é afectado por esses resultados, tendo em conta a especificidade de cada um dos referidos actos eleitorais.
Deste modo, esta candidatura mantém o mesmo objectivo inicial com a mesma determinação e empenho.



quarta-feira, 3 de junho de 2009

Eleições Europeias



Nos últimos dias, vários têm sido os apelos ao voto nas Eleições Europeias do próximo dia 7 de Junho, vindos das mais ilustres e destacadas personalidades. No entanto, esta Candidatura não quis deixar de oferecer o seu modesto contributo através de mais um desses apelos.
Votar é exercer um direito de democracia participativa e de cidadania!

De uma forma resumida e em linguagem muito simples, no passado dia 1 de Junho podia ler-se na Nota do Dia do Jornal Diário do Sul, da autoria do seu Director, que passamos a citar:

“Vem por aí um ciclo demorado de eleições.
Já dia 7 são as Europeias que tradicionalmente são pouco concorridas e dando números de abstenção que não nos dignificam, já que tudo o que se passa na União Europeia (UE) diz-nos respeito como parte que somos. Contrariamente ao que os abstencionistas pensem, deveriam votar no partido que quisessem ou para que se reforce a nossa vontade em Bruxelas e Estrasburgo.
A nossa dependência da Comunidade não pode ser ignorada pelos eleitores já que sem a UE a situação do país seria muito gravosa, pois não temos meios para acompanhar o desenvolvimento de que o país precisa.
… É certo que muita gente dirá que está cansada dos políticos e dos partidos. Só que são eles que compõem o Estado Democrático. Os erros são do regime. São dos homens que o ocupam; estes e outros.”

No dia 7 de Junho todos devemos votar!